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Campanha de Doação de Sangue idealizada por alunas da Escola Sesi Diadema vai beneficiar 300 pacientes

Ação promovida pela ONG Amor se Doa em parceria com o Sesi e Banco de Sangue Paulista coletou 75 bolsas de sangue.

 Por: Elaine Casimiro, Sesi Diadema
29/08/202216:25- atualizado às 17:27 em 29/08/2022

Durante as aulas de Biologia do professor Caio Cesar Viana sobre tipagem sanguínea e doação de sangue, oito alunas do 3º ano do Ensino Médio da Escola Sesi Diadema idealizaram uma ação social para além dos muros da instituição, mobilizando alunos, colaboradores, familiares e amigos.

“Acreditamos que o alcance dessa ação social foi muito bom. Além de conseguir conscientizar os alunos conseguimos alcançar o público externo, como familiares e amigos”, declarou Ariane Fratel Lopez, 17 anos.

 

 

Após muitas pesquisas sobre os dados da doação de sangue no Brasil e a situação dos hemocentros durante a pandemia de Covid-19, as estudantes organizaram na última sexta-feira (26) a 1ª Campanha de Doação de Sangue.

Ação promovida pela ONG Amor se Doa em parceria com o Sesi e Banco de Sangue Paulista coletou 75 bolsas de sangue. Com essa campanha, 300 vidas serão salvas, pois cada bolsa vai beneficiar até quatro pacientes na rede hospitalar.

“A conscientização em sala de aula, transformou em uma grande ação social, na qual as alunas tiveram total protagonismo. Elas estudaram sobre a temática e buscaram uma ONG, junto à diretora escolar, para realização da coleta. Com certeza essa mobilização ficará marcado na vida dos nossos alunos, deixando um legado”, relatou o professor Caio que deseja repetir esse projeto nos próximos anos como um componente curricular de biologia.

Em todas as disciplinas, os professores trazem a função social da aprendizagem. “É bem significativo porque os alunos aprendem com as práticas. Nossa escola tem vários projetos que são idealizados por alunos a partir da apresentação que eles fazem para os professores. Eles conseguem fazer a integração de todos os conhecimentos daquilo que é necessário para trazer algo inovador”, disse a diretora escolar Nanci Ferreira.

Para manter os estoques de sangue regulares, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os países devem ter de 1% e 3% de doadores em relação ao número total da população. Em 2021, a taxa de doação no Brasil foi de 1,6%. Apenas 19% da população brasileira é doadora regular de sangue, segundo informações da farmacêutica Abbott. Além disso, feriados prolongados e durante o inverno, diminui bastante o número de doadores.

“Essa iniciativa é sensacional porque a situação é crítica não só para um tipo de sangue, mas todos os tipos. A gente precisa sempre conseguindo o máximo possível de doadores. Eu acho essa organização dentro de uma instituição muito boa porque atinge um número maior de pessoas. Alguns hemocentros ficam distantes das residências e organizando dessa forma facilita para muita gente”, declarou a enfermeira chefe do Banco de Sangue Paulista Camila Teixeira Barroso.

O industriário Edson Jonas de Freitas, 51 anos, ficou sabendo da campanha pelo filho que é estudante do 3º ano do Ensino Médio na Escola Sesi Diadema. Ele aproveitou a oportunidade para divulgar na empresa onde trabalha e conscientizar outros colegas. “Muitos não doam sangue porque tem medo ou por falta de informação. Essa iniciativa é muito importante e salva vidas”, disse.

Sem dúvida o projeto das alunas Ariane, Estela, Manuela, Yasmin, Brenda, Natalia, Amanda e Sofia será inspiração para próximas turmas. “O legado que deixamos é não fazer uma ação social por nota e, sim, pela saúde e vida das pessoas. Depois que começamos a passar de sala em sala, as pessoas se interessavam mais e foram buscar mais informações. Muitas nem sabem qual o seu tipo sanguíneo, por exemplo, e com isso, perde-se um tempo precioso pela falta de informação em caso de emergência”, explicou Stela Marçal Vieira, 17 anos.

Ariane, Estela, Manuela, Yasmin, Brenda, Natalia, Amanda e Sofia
Crédito: Elaine Casimiro | Sesi-SP

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